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FL7
CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE PAISAGEM
Síntese Relativa ao Carácter da Paisagem
Lomba - JMM
Panorâmica da unidade de paisagem - JMM
Panorâmica para a Fazenda das Lajes e Lomba ao fundo – SIARAM
Trata-se de uma paisagem rural de relevo bastante movimentado e com declives acentuados, bem desenvolvida em altitude, mais humanizada na faixa litoral e na parte exposta a leste, com presença de pastagens intercaladas com matos e terras de cultivo na envolvente dos povoados, com ribeiras profundas plenas de vegetação arbórea e arbustiva, como é o caso do vale encaixado da Ribeira Funda. Na parte voltada a sul, a paisagem é menos intervencionada, encontrando-se aqui a Ponta da Rocha Alta, com arribas de grandes dimensões, e a Fajã de Lopo Vaz a que se acede por um percurso pedonal. [+]
A costa é, no geral, bastante alta e recortada, à exceção da zona junto à vila das Lajes, que se encontra numa zona de encosta mais suave a baixa altitude. As Lajes das Flores têm uma estrutura linear aglomerada, pouco densa, com acesso ao mar facilitado pelo que aí existe o maior porto da ilha. Os aglomerados da Lomba, Ribeirinha e da Fazenda das Lajes encontram-se em linhas de festo relativamente largas, enquanto a Fajã de Lopo Vaz se localiza, como o próprio nome indica, numa fajã. Parte da unidade, a sul, é abrangida pela Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies da Costa Sul e Sudoeste, que integra o Parque Natural da Ilha das Flores.
Pontos Panorâmicos
Na estrada junto a Lomba, obtém-se uma boa perspetiva sobre o litoral sudoeste da ilha [PPFL 7.1]. [+]
No vale onde se insere a estrada regional, nas imediações da Boca da Baleia, observa-se uma interessante panorâmica sobre o Pico Negro, o Outeiro da Madeira Seca e Figueira [PPFL 7.2].
Apreciação e Orientações para a Gestão da Paisagem
Esta paisagem transmite uma sensação de força da natureza e, ao mesmo tempo, de frescura e diversidade, mais acentuada na encosta leste, enquanto na parte sul domina a sua amplidão. [+]
Em termos gerais, pode afirmar-se que o uso do solo está de acordo com as aptidões presentes, muito embora os declives acentuados e as numerosas linhas de água, algumas muito encaixadas, desencadeiem elevados riscos de erosão.
A gestão deverá incidir prioritariamente no controlo da erosão do solo e da drenagem das águas pluviais, bem como numa valorização e expansão das formações vegetais naturais, por forma a conciliar as suas funções de proteção com o aumento da biodiversidade.