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SM17
CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE PAISAGEM
Síntese Relativa ao Carácter da Paisagem
Praia do Fogo - JMM
Ribeira Quente: tufos vulcânicos cobertos de vegetação - JMM
Vista para o aglomerado da Ribeira Quente e Praia do Fogo – SIARAM
Praia do Fogo – SIARAM
Trata-se de uma pequena unidade aberta ao mar, sem qualquer relação visual com o interior da ilha, com o qual comunica apenas pela estrada regional que percorre o vale da Ribeira Quente. Este vale é apertado e profundo, sulcado pela Ribeira Quente de caudal permanente e marginado por altas escarpas revestidas de vegetação exuberante, exceto na plataforma da Ribeira Quente, quase fajã, onde a costa é baixa. Aqui situa-se a Praia do Fogo, vulgarmente conhecida por Praia da Ribeira Quente. A frente de mar é constituída por arribas de grande altura, geralmente de tufo vulcânico solidificado que, como as restantes encostas da unidade, estão revestidas de matas e matos. [+]
A freguesia da Ribeira Quente é tipicamente piscatória, com pequenas parcelas agrícolas agregadas a habitações, por vezes localizadas em zonas de grande declive, instáveis e sujeitas à erosão. Junto à foz da ribeira e do núcleo populacional mais antigo está instalado um porto de pesca.
Pontos Panorâmicos
Algumas vistas ao longo da estrada que liga as Furnas à Ribeira Quente, sobre o profundo vale, a ribeira e o seu povoado [PPSM 17.1]. [+]
Panorâmica observada do trilho [ou caminho] Gaiteira/Ribeira Quente, pela costa, sobre a freguesia e a praia, de poente para nascente [PPSM 17.2] [PPSM 17.3].
Apreciação e Orientações para a Gestão da Paisagem
É uma paisagem muito valorizada pelo relevo e diversidade da vegetação, sobressaindo todo o vale da Ribeira Quente e a zona do porto de pesca. [+]
Nesta unidade são de referir sensações de forte relação com o mar, de isolamento relativamente ao interior da ilha, de uma “naturalidade agressiva” que é transmitida através das altas e íngremes encostas e arribas cobertas com exuberante vegetação arbórea e arbustiva.
Há que assegurar a máxima e possível redução de riscos naturais presentes, nomeadamente através de uma gestão cuidada da bacia hidrográfica, através da manutenção do seu revestimento vegetal para reduzir os fenómenos erosivos, do cuidado com a limpeza das linhas de drenagem natural, de modo a não se criarem obstáculos ao normal movimento da água, bem como, da melhor localização das estruturas e das atividades humanas sobre a arriba ou dispersas por terrenos agrícolas e encostas, de modo a evitar a ocorrência de derrocadas, como as que vitimaram, em outubro de 1997, 29 habitantes da Ribeira Quente.